sábado, janeiro 31, 2004

Bebedeiras Históricas

Hoje vou iniciar uma crónica sobre bebedeiras.

Mas não são simples bebedeiras, são bebedeiras históricas, bebedeiras que irão ficar para sempre marcadas nos memoriais da história Portuguesa em particular e Mundial em geral.

Antes de começar a falar própriamente de bebedeiras, gostaria de fazer uma certa etiologia da palavra bebedeira, ou seja, gostaria de referir de onde é que surgiu a palavra e o que é que esta significa.

A palavra bebeira de certeza que provém das Civilização Grega ou Romana, quanto mais não seja, pelas festarolas que davam em honra aos seus deuses em geral e a Baco(deus do vinho) em particular, que metia sempre o "tintol" pelo meio (daí surgir a palavra bacanal, porque eram as festas que davam em honra a Baco).

Mas, se formos ver o significado de bebedeira, a um dicionário qualquer, é esta a definição que lá nos aparece:

  1. s.f. estado de quem se embriagou, embriaguez, borracheira.
  2. s.f. incómodo, resultante da ingestão de bebidas alcoólicas ou da aspiração de substâncias narcóticas.

Bem!!! é este o singnificado da palavra bebedeira.

Não pensem que fiz isto, só para vos perder tempo. Antes de começar a falar de alguma coisa convém clarificar do que é que vamos falar, daí ter feito o que fiz.

Pronto!!! agora que já esclareci o que devia esclarecer, vamos lá começar a contar a minha primeira história desta crónica que irei lançar hoje, que é aquilo que realmente nos interessa.

Certo dia, eu e mais uns amigos meus fomos a uma festarola (Não!!! não era um bacanal, era uma festa de anos de um amigo meu).

A festa já ia bem animada, com muitas miúdas a mistura e com muita palhaçada também.

Aconteçe que um desses amigos meus, já farto de ver a mesma coisa à frente dos olhos teve a brilhante ideia de jogar às cartas.

Nós concordámos. Acontece, que este inofensivo jogo de cartas não era um jogo qualquer, em que estão 4 pessoas sentadas a uma mesa a jogar alegremente, a ver quem perde e quem ganha. Este jogo metia vinho à mistura. E não era quem perdesse bebia, era quem ganhasse é que bebia. Deste modo, tinhamos de fazer tudo por tudo, para perder, para não sair de lá todos embriagados.

Depois de muitos jogos e de muita mistura de bebidas alcoólicas, do tipo: licor, vodka, vinho branco e vinho tinto, esse meu amigo que fazia anos descobriu lá na adega dele, imaginem só!!!, um barrilzito de aguardente. Mas, a aguardente já tinha uns anitos valentes!!!. Foi então que, decidimos juntar aquela aguardente ao tão divertido jogo de cartas.

Nisto a noite acabou e lá decidimos ir embora, depois de tão grande festarola em casa dele. É certo que iamos todos tortos mas ainda firmes nas pernas, ou melhor pensávamos que iamos firmes nas pernas.

Acontece, que ao descermos às escadas do Quebra-Costas, um colega meu, teve um termendo ataque de caganeira e cagou-se todo!!!. Mesmo ali em cima das tão famosas e míticas escadas de Coimbra-as escadas do Quebra-Costas.

Mas o que é que será que aquela aguardente tinha?

O que é que o malfadado produtor de vinho metera naquela aguardente?

Será que em vez de açucar meteu laxante?

Isto nunca haveremos de saber. É certo que tivemos de despir-lhe as calças, a muito custo porque, com aquele cheiro não se podia chegar muito perto dele. E tivemos que ir-lhe lavar o rabo ao rio Mondego. Sim, meus caros leitores!!!, ao rio Mondego.

Deitamos-lhe as calças fora, porque, não iamos com as calças a cheirar a merda para casa. E atamos-lhe um saco plástico, à cintura pélvica e fomos apanhar o autocarro para ir para casa.

O condutor ainda olhou muito sério para nós, ao qual muito prontamanete respondemos-lhe, que ele tava a ser praxado e como tal tinha que ir assim para casa.

O condutor lá a muito custo acreditou na nossa história (também viu 4 gajos, às 6 da manhã, em que um deles estava com uma saca plástica a fazer-lhe de cuecas) e lá fomos para casa todos contentes.

Pois é meus amigos!!! esta histórica, que tantos risos nos proporcionou e que tão preciosos momentos de brincadeira nos deu, é mesmo veridica e ainda hoje quando estamos todos juntos, falamos nela.

Por isso queria deixar um "Muito Obrigado" a este produtor de aguardente, ainda hoje desconhecido, por ter feito tão precioso Néctar, digno de um Verdadeiro Deus Baco!!!

Um Muito Obrigado Para Ele Também!!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Olha como li este texto tão engraçado e vi que não tinha nenhum comentário, resolvi comentar. Também eu sou caloira de Coimbra, tou no curso de Jornalismo da FLUC, e achei esta história engraçadissima que me fez rir uns bons bocados! Vejo o teu blog quase todos os dias, apesar de há meses não postares nada! Aposto que é muito trabalhinho de enfermeiro que te impede! Eu compreendo... Bom, espero que postes mais "bebedeiras históricas" como esta! ´ beijo andreia