Mas o Vento Pá... Arrgh!!!

Quem inventou a praia feita de areia, deve-se ter esquecido de um pequeno pormenor chamado… VENTO!! !

Andava eu semi-escondido atrás de um atroz e não menos arrojado pára-vento, assistindo a pleno processo de erosão de um maciço rochoso (sim, porque areia também é rocha…) numa qualquer praia lusitana e ponho-me a pensar neste sério problema, que estraga as férias a muita boa gente como eu.

Se não pudemos combater o Vento, então vamos inventar novas praias, construídas com outros materiais que não a areia… é que o vento sempre haverá, por maior ou menor força com que sopre… mas este conjugado com a areia e esta a batermos nas costas, origina pequenos e dolorosos “ais” capazes de dissipar, qualquer um da praia… para não falar do estado “croquete-humano” com que ficamos quando saímos da água e expomo-nos ao sol, tirando partido da energia térmica para nos secar!!!

Existe muitos outros tipos de materiais… cimento, alcatrão, madeira… mas não!!!... a praia tinha que ser feita de areia!!!

Tudo bem que é engraçado fazer castelos na areia, tudo bem que é divertido fazer buracos, tudo bem que é cómico enterrar alguém… mas toda a gente sabe que os castelo de areia duram pouco tempo, os buracos na areia não são permanentes, e todas as pessoas por mais difícil que pareça, conseguem sair debaixo de um monte de areia… agora imaginei quanto dura um castelo, um buraco e uma pessoa enterrada em cimento?…

Ora aí está mais uma vantagem das praias feitas com outros materiais!!!

Para além desta vantagem lúdica, existem outro tipo de vantagens. Olha o alcatrão por exemplo, imaginem-se a bronzear deitados sobre uma toalha de praia e apanhar banhos de sol… já imaginaram o bronze com que não ficariam? Meus amigos, isto é produto inovador, já estou a ver os cremes bronzeadores a apropriarem-se destas vantagens… e depois temos sempre o mar, que está lá para darmos uns mergulhinhos, sempre que o calor intenso se faz sentir (ah pois, com o alcatrão não se brinca!!!)

Imaginem agora a madeira… sempre que as hormonas nos subissem a cabeça e quiséssemos demonstrar a nossa masculinidade, a todas meninas da praia, bastava arrancar um pedaço de madeira e armarmo-nos em Kelly Slater, fazendo “Floater” e “360’s”, na crista das ondas sem gastar dinheiro em pranchas profissionais! (correndo o risco de um eventual afogamento e lesões permanentes… mas isso são pormenores… na p*** da loucura, ninguém liga a isso!!!)

Fica aqui apresentada uma pequena ideia com pés e cabeça e com muita lógica até, para jovens empresários recém-licenciados, que queiram fazer negócio no mundo do turismo.

PS: mas o VENTO pá… arrrgh!!!

E Recordar é Viver - A Rua Sésamo

Quem não se lembra desta mítica série infantil que marcou indelevelmente toda uma geração… Era o Poupas, o Egas, o Becas, o Gualter, o Cocas, o Monstro das Bolachas, o Conde de Contarr… tantas e tantas outras personagens que partilharam connosco conhecimento e fizeram de nós as pessoas que somos hoje…

Foi com este programa que aprendi as primeiras letras do alfabeto, os primeiros números e muitas outras coisas que me ajudaram a crescer saudavelmente.

Lembro-me de episódios absolutamente fenomenais, como este em que apenas com a frase “Peixe… Peixe, Peixe, Peixe, Peixe…” Egas e Becas assinalaram um marco na infância de todos…

Ou músicas como estas que ficaram registadas nas memórias de muita gente… Ainda hoje utilizo o “Corta Tesourinha, Corta Tesourinha”… quando estou a cortar adesivo para fazer um penso…

Enfim… Recordar é Viver!!!

PS: só mais um… é o último…

“O Ti Manel tinha uma quinta… ia,ia,ô”… “O Vusch… o Vusch aqui… outro Vusch Vusch acoli”… “entaa compadree, se ê me chamo Manel, havia de ser chinês?”

Isto é Lindo!!!

Are You Talking To Me...

Numa altura em que Portugal é tão frequentado pelos estrangeiros… nomeadamente por esse maravilhoso povo inglês (que tomaram o Algarve de assalto, tal como os muçulmanos o fizeram em tempos remotos da nossa história), torna-se importante reforçar a ancestral hospitalidade portuguesa, que tanto é conhecida por esse mundo fora.

Claro que não quero quebrar tal hospitalidade, que nos distingue de outro povos por esse mundo fora. Mas, para que isso se verifique é necessário interagir com os nossos hospedes estrangeiros e visto que o português não é dos melhores a falar outras línguas, dou aqui uma ajuda a todos aqueles que sonham um dia passear na praia, de mãos dadas com uma qualquer escandinava de belos atributos físicos, tal qual Zézé Camarinha… ou mesmo a todos aqueles que ambicionam cantar tirolês com uma Austríaca em plena Serra de Monsanto…

Foi com esta convicção, que fiz uma recolha exaustiva (de 5 minutos) e consegui obter algumas frases míticas pertencentes ao quotidiano, de qualquer bom lusitano que se preze.

Deixo aqui algumas sugestões de tradução (foleira), para que alguns daqueles sonhos supramencionados sejam de possível realização, por todos vós.

Aqui vai:

Hey… Desampara-me a loja – Hey… Unstop me the store

Caraças… não vejo a ponta de um corno – Dammit… I do not see a point of a horn

Põe-te no olho da rua - Put yourself in the eye of the street

Estou feito ao bife contigo - I am done to the steak with you

Mau mau Maria - Bad bad Mary

É páh… isso fica em cascos de rolha – Hey fellow… That stays in horse feet of cork

Estás aqui estás a comer - You are here you are eating

Tirar macacos do nariz - Take monkeys of the nose

Estou lixado - I am sand-papered

Põe-te a pau - Put yourself at stick

É preciso ter lata - It needs to have can

Estou-me nas tintas para ti - I am in the paints to you

Vou passar pelas brasas - I am going pass by the ashes

E para a despedida…

Com os nossos melhores cumprimentos, até à vista - With our best measurements, to the eye

Um Óptimo Verão para todos vocês!!!

Deixem Jogar o Mantorras

No Início desta semana houve um acontecimento histórico que marcou indelevelmente a Sociedade Portuguesa e Angolana em particular e a Comunidade Benfiquista em geral… Pedro Mantorras lançou o seu livro!!!

De facto o Mundo do desporto nos últimos tempos tem tido destes fenómenos, pois imensos livro de desportistas, treinadores e companheiras de presidentes nortenhos, têm o dom de emancipar a nossa biblioteca pessoal, que todos possuímos na nossa humilde casa.

A realidade é que este novo negócio é benéfico para todos… para os jornalistas que os escrevem, pois vêem a sua reputação a aumentar, para os protagonistas que vêem assim mais alguns cêntimos a entrarem para as suas carteiras e para os pobres leitores, que se vêem na obrigação de comprar tais obras literárias, pois a tentação e o desejo de saber mais, é muito maior do que a tão nobre e solene ingenuidade.

De facto, este era o livro que faltava numa prateleira de um bom benfiquista, visto que muitas obrigações devem os benfiquistas a Pedro Mantorras, pois apesar do seu futebol aguerrido, o seu estilo vistoso e as suas fintas atabalhoadas, sempre teve o seu pé canhão preparado para bombardear as balizas adversárias, livrando esse mítico clube de muitas derrotas inevitáveis.

Este Homem tal como outros é a prova viva de que com esforço, dedicação e humildade, se consegue chegar ao topo e atingir objectivos que outrora permaneciam inalcançáveis.

Em Luanda, perdeu os pais muito novo e teve uma infância terrível, tal como muitas outras crianças angolanas. Conseguiu despontar para o futebol no Alverca que o foi buscar, depois deste ter participado no Campeonato Mundial sub-20 e ficou célebre num jogo com o Sporting, em que marcou dois golos a Peter Schmeichel. Nesse mesmo ano, teve propostas do AC Milan, F. C. Porto e Sporting e chegou a ter tudo acertado com os leões, o seu clube do coração… mas o destino acabou por ser o rival Benfica.

Acontece que a vida deste Angolano não foi fácil.

Apesar de consagrado pelos Benfiquistas, era temido pelos adversários e daí que tenha ficado no nossa memória auditiva, a afamada frase “DEIXEM JOGAR O MANTORRAS”, que ficou protagonizado durante um jogo entre o Varzim e o Benfica…

Pedro Mantorras tudo fez para singrar no futebol Português, mas uma lesão grave quase o retirou das competições… até que tal como Fénix renascida das cinzas, regressou e agora quer voltar aos seus melhores anos de futebolista…

Fica aqui a homenagem a esse Homem que apesar de todos os interesses, de todas os dramas que viveu, definitivamente, já “escreveu uma página” incontornável no desporto Português.