terça-feira, janeiro 25, 2005

E depois de Miki...

Miki Feher.JPG

Foi a 25 de Janeiro de 2004, que presenciámos uma morte trágica, de um dos jogadores de futebol, mais simpáticos e mais humildes, que alguma vez passou pelo futebol Português.

Era puro como pessoa e correcto como jogador.

Ainda tenho o jornal do dia em que ele faleceu e algumas fotos dele guardadas. Não sei porquê, mas não tenho coragem para as deitar fora. Eu nem se quer sou do Benfica, mas, como antes de dedicar-me à Enfermagem, fui um jogador de futebol federado, também deitei algumas lágrimas pela face a abaixo, pois também me poderia ter acontecido o mesmo. É por causa disso, que tenho muito respeito, pela memória de Miki Féher.

Depois da morte de Miki, muitas foram os alertas dos “media”, para os problemas do foro cardíaco. Foi por causa disso, que muitos casos de morte de jogadores de futebol e outros profissionais foram noticiados pelos telejornais.

Mas eu não me vou adiantar muito sobre o assunto, só quero tentar avivar algumas consciências.

Porquê é que não é obrigatório a realização de um electrocardiograma, a todos os jovens, aquando, da realização dos testes médicos em todos os clubes de formação? (é que, na ficha em que levava ao médico, para fazer exames, nunca o vinha referenciado)

E Porquê é que só há Centros de Medicina Desportiva no Porto e em Lisboa? (sim, porque o Centro de Medicina Desportiva de Coimbra, foi fechado)

Não acham que a resolução destas medidas, poderiam trazer alguns resultados, a curto ou a longo prazo, nas sucessivas mortes de desportistas?

Enfim…

Miki, (desculpem usar esta metáfora, que pode ser entendida por alguns como de muito mal gosto...) tal como Jesus que morreu na cruz para nos salvar, Tu morreste em pleno relvado para despertar e tentar mudar alguns problemas.

É por isso que nunca nos esqueceremos de Ti!!!

6 comentários:

Anónimo disse...

É bem verdade...e é quando estas acontecem que pensamos realmente em nós...É qd tudo parece ir bem que elas nos caem todas em cima. Um abraço grande Pica.

Anónimo disse...

É bem verdade o que disseste na tua metáfora. Não há k levar a mal. O Miki era uma pessoa pura ..só estive com ele 1 vez e em 10 minutos deu p ver a humildade de um menino de 24 anos :-) Desde ke ele morreu fala-se muito de problemas de coração...e para ser sincera até eu começo a ligar mais ao meu. Bjinhos Sr. Enfermeiro

Nunito disse...

Pensamos que algumas coisas só acontecem aos outros, e que somos imunes a tudo e mais alguma coisa, mas depois quando nos acontece a nós... Fica Bem!!!

Nunito disse...

Tiveste sorte em ter estado com ele. Eu por acaso nunca tive a oportunidade de conviver com ele, mas a maneira de ser dele não enganava ninguém. Uma coisa é verdade, depois da maneira como ele faleceu, todos nós, começámos a olhar para o nosso coração, de outra maneira e a tratar dele o melhor possível. Beijinhos!!!

Anónimo disse...

É preciso morrer um jovem jogador de um “conceituado” clube em directo, em pleno relvado, para que este problema seja divulgado, isso é verdade! E, como outras “personalidades”, é preciso a morte apanhá-las para serem “carimbadas” com “Este ilustre, este génio, este grande, este …”! É algo que, para o qual, nem a ciência descobrirá “cura”, até porque parece que esperamos pela morte para derramar lágrimas e, sobre o túmulo, desabafar tudo aquilo que sentíamos e dizer as “palavras que nunca te direi”…aí, só as larvas nos ouvem, ou nem isso. Acho que as homenagens que foram prestadas a este jogador foram de se louvar, não só pela dimensão atingida, como também perduram! Creio que este foi mais um “mártir” das possíveis “negligências” no que toca, como disseste, a exigência de certos exames médicos para quem pratica desportos de alta competição, em particular! “(…) tal como Jesus que morreu na cruz para nos salvar, Tu morreste em pleno relvado para despertar e tentar mudar alguns problemas” – agora digo eu – palavras para quê!! Fica bem

Nunito disse...

Pois realmente, só quando alguém morre é que se valoriza essa mesma pessoa. Lembro de diversos exemplos disso, basta ligar a TV no dia do funeral de alguém importante e já estamos a ver as mais diversas celebridades a dizerem que o falecido "era um homem bom!!!". Enfim... é algo que está inerente à humanidade, pois esse fenómeno, não está só aqui em Portugal, mas também no "Resto do Mundo", existem exemplos disso. Beijos!!!