segunda-feira, setembro 20, 2004

Uma História de Amor... Acho eu!!!

Corria o belo Verão de 2003. Eu chegava à casa cheio de fome depois de uma longa jornada de aulas que ocorrera nesse dia. Quando entro em casa dou com um Louva-Deus pendurado numas teias que uma aranha fizera no canto minha minha porta.

Bem!!!, pensei eu, é a lei da selva só os mais fortes sobrevivem.

O que é certo, é que à noite, quando acabo de jantar e preparo-me para ver uma bela de uma futebola, num canal desportivo da Televisão por cabo (não digo o nome por causa da publicidade… neste blog tenta-se não fazer publicidade!!!), dou com o Louva-Deus empoleirado no cortinado da minha sala.

Fiquei um pouco surpreendido, não por ele ter sobrevivido à terrível Aranha (se calhar quem morreu foi a dita cuja, já que o Louva-Deus era 3 vezes maior que ela… mas em termos de vida ou morte o tamanho pouco interessa), mas por ele ter conseguido subir a parede de minha casa e ter entrado na janela (a janela até estava fechada!!!… mistério).

Mas pronto, ele ficou ali mesmo ao meu lado, mas deixei-o ficar, inclusive disse ao meu pai para não o matar, pois todos temos direito à vida (eu disse TODOS!!!)

Assim foi, o Louva-Deus permaneceu na minha sala quase durante uma semana.

Mas certo dia, a minha mãe decidiu mudar os cortinados e o coitado do animal que estava lá pendurado, viu-se arrastado para a chão da dispensa, ao pé da máquina de lavar e por sorte não foi tomar uma banhoca, juntamente com um algum par de meias e de calças mais sujas.

Nessa mesma noite volto à sala, para ver mais uma série dos Ficheiros Secretos emitidos num canal por cabo, quando dou por falta do meu amigo Louva-Deus.

Pensei que já estivesse morto, mas foi puro engano. Na manhã seguinte, preparo-me para ligar o PC, para mais uma bela jogatana de Championship Manager, quando vejo o Artropede, no cortinado do meu quarto (acho que ele tem uma tara por cortinados… já perceberam porquê).

Fiquem contente pelo meu amiguito e deixei-o lá estar por mais uns tempos. Mas foi então que começei a pensar, que talvez com o inverno a aproximar-se, ele tivesse mudado o seu exosqueleto e procurara o meu quarto para se abrigar dos possíveis predadores.

Acontece que nada dura para sempre e chegado o mês de Outubro tive-o de o mudar para o meu jardim, utilizando a técnica do boné (inventada por mim!!!. A técnica consiste em meter um boné por cima do animal e depois colocar uma folha por baixo do boné, para que deste modo, não haja contacto entre o caçador e o animal. Depois é só agarrar na folha de papel que tem o boné em cima e no interior o animal e soltar o animal em paz sem o magoar).

Pensam que a história acaba aqui? Enganem-se!!!

O tempo passou. Chegou o Inverno, chegou a Primavera, chegou o Verão e chegou Setembro.

Um ano, precisamente um ano depois, adivinhem quem me veio visitar outra vez?

O meu amigo Louva-Deus. Parece que o meu amigo sobreviveu à chuva do Inverno passado e veio agora visitar-me outra vez.

E cá está ele no meu quarto (ou estava… pois hoje ainda não o vi), precisamente no cortinado ao pé da minha janela (eu disse que ele tinha uma “panca” por cortinados).

No Verão passado, em jeito de brincadeira, dei-lhe o nome de Louvy… acho que o vou manter.

Eu acho que é uma Fêmea, porque as Fêmeas quando acasalam; antes do Macho se ejacular, ela come-lhes a cabeça para que a quantidade de esperma ejaculada pelo Macho seja muito maior (ainda bem, que isto só acontece no mundo dos animais, pois se isto acontecesse no nosso mundo, os homens que existiriam eram todos “bichas”, pois estes são Fêmeofóbicos). Por isso, se fosse Macho ou teria morrido num acasalamento passado, ou então no Verão passado, não tivera acasalamento com nenhuma Fêmea. Daí eu pensar que o mais provável é que seja uma Louva-Deus Fêmea.

Por tanto, meus amigos aqui está um belo exemplo de simbiose entre animais. A Louvy come-me as moscas, as melgas e as aranhas e Eu dou-lhe abrigo no meu quarto durante a época da “muda” (só espero é que ela não faça a ”muda” aqui no meu quarto… não estou muito a ver o meu guarda-roupa, com um casulo de Louva-Deus pendurado na porta… não condizia lá muito bem com a decoração).

Concluindo (tal como no famoso programa de televisão, de um canal público, que recuso dizer o nome… aqui não se faz publicidade… ou pelo menos evita-se!!!):

“Os animais são nossos amigos!!!”

(PS: acho que a minha amiga Enfermeira Rita vai gostar muito de ler esta história… ela é que é a verdadeira amiga dos animais)

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